Bandeira chinesa UnionPay deve começar a operar no Brasil em 2025 - LEFTBANK

Bandeira chinesa UnionPay deve começar a operar no Brasil em 2025

Página radar 09-09-25

NA EDIÇÃO DE HOJE

Dia 09 de setembro de 2025


📈 UnionPay chega ao Brasil em 2025
💳 Concorrência para Visa e Mastercard
🌍 Impactos no consumo e no comércio
⚖️ Desafios de adoção e regulação

O que está em discussão?

A UnionPay, maior bandeira de cartões da China e com atuação em mais de 180 países, prepara sua estreia no mercado brasileiro em 2025. O movimento busca aproveitar o crescimento do consumo digital, o avanço do e-commerce e o aumento da presença de empresas e turistas chineses no país.

  • A entrada ocorre em um mercado hoje dominado por Visa e Mastercard, que juntas concentram a maior parte das transações.

  • A bandeira já tem parcerias globais com bancos e fintechs e deve firmar acordos locais para emitir e processar cartões no Brasil.

Por que isso importa?

O mercado de cartões no Brasil movimenta trilhões de reais anualmente e segue em expansão, impulsionado pelo Pix, crédito rotativo e maior inclusão financeira.

  • A chegada de um novo player pode aumentar a concorrência, reduzir custos de intercâmbio e ampliar a oferta de produtos para consumidores e comerciantes.

  • Também abre espaço para fortalecer relações comerciais entre Brasil e China, em um momento de crescimento do fluxo de investimentos e turismo entre os dois países.

  • Por último, mas não menos importante, traz alternativas às pessoas e empresas que operam no Brasil diante do aumento das tensões geopolíticas com os EUA.


Impactos esperados
  • Consumidores: mais opções de crédito e débito, potencial de tarifas menores e benefícios em compras internacionais, especialmente na Ásia.

  • Comércio: lojistas poderão ampliar o alcance das vendas, recebendo turistas chineses com maior conveniência.

  • Sistema financeiro: bancos e fintechs podem diversificar parcerias, aumentando a competição em um mercado ainda concentrado.

Desafios pela frente
  • Adoção inicial: convencer consumidores e estabelecimentos a aceitarem uma nova bandeira em um ambiente já consolidado.

  • Infraestrutura: integração com adquirentes e terminais de pagamento no Brasil.

  • Regulação: adaptação às normas do Banco Central, incluindo regras de interoperabilidade e compliance.

Dicionário Financeiro

💡 Para você entender melhor o que está rolando:

  • Bandeira de cartão: empresa que licencia e processa transações entre emissores (bancos) e adquirentes (maquininhas).

  • Adquirente: instituição responsável por credenciar lojistas e processar pagamentos com cartões.

  • MDR (Merchant Discount Rate): taxa total que o lojista paga pela aceitação do cartão. É composta por três partes:

    • Intercâmbio – parcela repassada ao banco emissor do cartão.

    • Taxa da bandeira – remuneração da UnionPay, Visa, Mastercard etc.

    • Taxa da adquirente – remuneração da maquininha (Cielo, Stone, Rede etc.).


Dica da Semana

💳 Para o consumidor: fique atento às novas opções de cartões internacionais em 2025 — podem oferecer vantagens em taxas de câmbio e outras transações.
🏪 Para lojistas: avaliar a aceitação da UnionPay pode ser diferencial em regiões com fluxo turístico chinês.
📈 Para investidores: a chegada da bandeira deve pressionar margens das líderes atuais, exigindo monitoramento do setor de meios de pagamento.


👉 Atenção: compare sempre as taxas e evite gastar mais do que pode pagar na fatura — o crédito rotativo é um dos mais caros do mercado.